Stray Kids amadurece sonoridade no álbum Karma e aposta em produção mais contida
- Mateus Santos
- 24 de ago.
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O Stray Kids lançou em 2025 o álbum Karma, projeto que marca uma virada no som do grupo sul-coreano. Conhecidos desde a estreia em 2017 pela estética barulhenta e experimental que rendeu o rótulo de noise music, os idols agora apresentam um trabalho mais contido, com escolhas musicais criteriosas e foco nas melodias.
O título do álbum sintetiza essa transição. Segundo o grupo, Karma faz referência tanto ao “bom karma” que estão colhendo na carreira quanto a um trocadilho com “calmer” — “mais calmo”, em inglês. A mudança, no entanto, não representa uma ruptura, mas um amadurecimento natural após oito anos de trajetória.

Produzido mais uma vez pelo trio 3Racha — Bang Chan, Changbin e Han —, o disco abre espaço para arranjos menos carregados e mais coerentes. Em faixas como “In My Head”, o pop punk ganha destaque com a participação do guitarrista Nickko Young, enquanto “Half Time” e o single “Ceremony” exploram o hip hop com leveza e experimentação contida. Já em “Phoenix”, o grupo revisita o synthpop com impacto reforçado pelas mudanças de ritmo.
A proposta mais parcimoniosa também reflete o momento lírico do Stray Kids. Enquanto músicas como “Bleep” e “Creed” reforçam o orgulho artístico, outras, como “Mess” e “Ghost”, revelam vulnerabilidade, dúvidas e sentimentos de isolamento — reflexo de uma fase em que os integrantes se aproximam dos 30 anos e encaram uma espécie de crise de quarto de vida.
Apesar do tom mais introspectivo, Karma não soa como ponto final. O álbum reafirma o talento e a versatilidade do Stray Kids, que se consolida como um dos grupos mais inventivos do k-pop contemporâneo.
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